terça-feira, maio 29, 2018

O"SIM" da Irlanda ao direito ao aborto

Foto: AFP/GETTY IMAGES
Em Dublin, mulheres seguram faixa com dizeres "votar pela escolha" e comemoram o resultado do referendo.
Com o Referendo realizado na Irlanda no dia 26/05/2018, o aborto é legal e descriminalizado com  66, 4% dos votos.
É, realmente, uma grande decisão, principalmente em um pais com fortes influências da Igreja Católica, com as leis contra o aborto dentre as mais rígidas do mundo chegar a vitoria  após o resultado  da apuração da eleição nesse último sábado, dia 26/05/18.
Declarou Varadkar - Primeiro Ministro da Irlanda à rede pública RTE: "As pessoas decidiram que queremos uma constituição moderna para um país moderno, que confiamos nas mulheres e que as respeitamos o suficiente para tomar a decisão certa sobre a sua saúde. O que vemos é o ponto culminante de uma revolução silenciosa que vem ocorrendo na Irlanda nas últimas duas décadas".
O Aborto, não era permitido ser praticado nem em casos de estupro ou má formação, somente quando o feto acarretava riscos à saúde da gestante. As alterações se fazem mais do que necessários, pois na Europa,  alem da Irlanda que muda agora legaliza, somente Irlanda, Malta e Polônia  ainda proíbem o aborto. 
Esperamos que o Brasil não esmoreça na sua luta e possa em breve também vir a comemorar essa vitória para as mulheres que morrem e sofrem humilhação e perseguição  de toda espécie por conta de uma legislação caduca e descabida


quarta-feira, maio 16, 2018

Em Cannes - 2018 - 82 Mulheres Exigiram Igualdade Salarial no tapete vermelho

Resultado de imagem para Cannes 2018 mulheres no tapete vermelho
O número 82 corresponde  à quantidade de mulheres que já competiram  nas 71 edições  acontecidas até esse ano no  mais famoso Festival europeu que acontece todo ano na França. Já a quantidade de homens que disputaram  o mesmíssimo prêmio foi de 1.600 

quarta-feira, maio 09, 2018

Festival de Cannes 2018 - Mulheres Negras estarão lá PROTESTANDO

Atriz Aïssa Maïga - uma das autoras do livro 

Atrizes francesas negras, escreveram um livro manifesto, Noire n’est pas mon métier (“Negra não é a minha profissão”, em tradução livre). Elas denunciam o preconceito existente na indústria cinematográfica da França que - segundo afirmam -  sempre tem menor remuneração, menos propostas de emprego, além do que, suas personagens são secundárias e  só lhes oferecem para atuar apenas  em papéis secundários ocupados por camadas menos favorecidas social e financeiramente como nos serviços domésticos e outras funções similares ao contrário das mulheres brancas, suas colegas de profissão. 
71º Festival de Cannes  ainda vai acontecer e já de agora, as dezesseis  atrizes signatárias do livro-manifesto confirmaram a presença delas no tapete vermelho de Cannes com a intenção de denunciar publicamente  sua causa por igualdade  e o fim da discriminação e desqualificação identitária  que  lhes são impostas pela indústria do audiovisual local.
Os vários  depoimentos  feitos por elas denunciam as diversas formas de racismo no cotidiano da profissão. A atriz Nadège Beausson-Diagne , por exemplo, rechaça frases recorrentes como "Felizmente você tem traços finos", "Você fala africano?", ou "Você não é clara o suficiente para interpretar uma mestiça". 
Outra das 16 autoras do livro, Aïssa Maïga (veja foto acima) diz em veemente depoimento "Nossa presença nos filmes franceses se deve frequentemente à necessidade inevitável ou anedótica de ter um personagem negro". 
Vamos, portanto, aguardar essa contudente investida de denúncia -  mais do que necessária - no próximo Festival de Cannes.